This article proposes an ecocritical reading of two lithographs by Italian Brazilian artist Angelo Agostini to shed light on the tensions between the abolitionist movement and the animal rights movement in Brazilian visual culture. This question is never discussed in scholarship about nineteenth-century Brazil. Moreover, studies on the history of animal rights in the country focus on the republican period, when the first associations and laws for the protection of animals were created. This article, conversely, reconstructs the history of a seldom-remembered Society for the Protection of Animals, active between 1885 and 1890 in Rio de Janeiro, during the last years of the monarchy. Through visual documentation concerning this society and its negative local reception, I reflect on slavery’s connections to the animal rights debate during the last decades of the nineteenth century. I argue that two causes—abolitionism and animal welfare—were competing for visibility in this fundamentally unequal society. Artists like Agostini contributed to the polemic by using a combined aesthetic that questioned what they perceived as an incongruous situation: protecting animals before abolishing human slavery.

Este artículo propone una lectura ecocrítica de dos litografías del artista italo-brasileño Angelo Agostini para arrojar luz sobre las tensiones entre el movimiento abolicionista y el movimiento por los derechos de los animales en la cultura visual brasileña. Esta cuestión nunca se discute en los estudios sobre el Brasil del siglo XIX. Además, los estudios sobre la historia de los derechos de los animales en este país se enfocan en el período republicano, cuando se crearon las primeras asociaciones y leyes de protección de los animales. Este artículo, por el contrario, reconstruye la historia de la poco recordada Sociedad Protectora de Animales, activa entre 1885 y 1890 en Río de Janeiro, durante los últimos años de la monarquía. A través de la documentación visual relativa a esta sociedad y su negativa acogida local, reflexiono sobre las conexiones de la esclavitud y el debate sobre los derechos de los animales en las últimas décadas del siglo XIX. Argumento que dos causas —el abolicionismo y el bienestar animal— competían por la visibilidad en esta sociedad fundamentalmente desigual. Artistas como Agostini contribuyeron a esta polémica valiéndose de una estética combinada que cuestionaba lo que percibían como una situación incongruente: proteger a los animales antes de abolir la esclavitud humana.

Este artigo propõe uma leitura ecocrítica de duas litografias do artista ítalo-brasileiro Angelo Agostini para lançar luz sobre as tensões entre o movimento abolicionista e o movimento pelos direitos dos animais na cultura visual brasileira. Esta questão nunca é discutida na produção acadêmica sobre o Brasil do século XIX. Além disso, os estudos sobre a história dos direitos dos animais no país concentram-se no período republicano, quando foram criadas as primeiras associações e leis de proteção aos animais. Este artigo, por outro lado, reconstrói a história de uma pouco lembrada Sociedade de Proteção aos Animais, que atuou entre 1885 e 1890 no Rio de Janeiro, durante os últimos anos da monarquia. Através de documentação visual relativa a esta sociedade e à sua recepção local negativa, reflito sobre as ligações da escravatura ao debate sobre os direitos dos animais durante as últimas décadas do século XIX. Defendo que duas causas – o abolicionismo e o bem-estar animal – competiam pela visibilidade nesta sociedade fundamentalmente desigual. Artistas como Agostini contribuíram para a polêmica ao usar uma estética composta que questionava o que consideravam uma situação incongruente: proteger os animais antes de abolir a escravidão humana.

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