The so-called Hearst Chalice at the Los Angeles County Museum of Art (LACMA) is widely regarded as one the most significant works of Mexican silversmithing from the sixteenth century. Its style, technique, and above all its unique combination of materials—including precious metals, feathers, wood carvings, and rock crystal—have led scholars to describe it as the perfect fusion of European and Ancient American (or pre-Columbian) traditions. Surprisingly, despite the consensus about the chalice’s importance, the cultural and artistic conditions that led to the creation of this singular object have not been thoroughly analyzed. By closely examining the different material components of the imposing artifact—which though carefully assembled also stand as independent units—we can better understand its uniqueness and symbolic potential. This essay espouses a synoptic approach by considering a range of agencies, perspectives, and sources—documentary and material—to restore the “Hearst” Chalice to its rightful context, without aspiring to a totalizing view of the past or a definitive decoding of its system of meaning. Categorizing its form and function as purely Indigenous and European poses a distinct set of challenges and limits its hermeneutic possibilities. The work—like many others created during the volatile period following the fall of Tenochtitlan—encodes a new visual language that reveals the highly subtle process of negotiation of these two cultures in a particular space and time. Moving away from the reductive concept of syncretism, the essay offers a fresh look at this impressive contact period work and its shifting values over time.

El cáliz proveniente de la colección Hearst (hoy parte del Los Angeles County Museum of Art [LACMA]) es ampliamente reconocido como una de las piezas de orfebrería novohispana más significativas del siglo XVI. Su estilo, su técnica y, sobre todo, su particular combinación de materiales –metales preciosos, plumas, microesculturas talladas en madera y cristal de roca– han llevado a los especialistas a describirla como la fusión perfecta de tradiciones europeas y prehispánicas. Sin embargo, pese al consenso que existe sobre su importancia, las circunstancias que dieron lugar a su creación no han sido suficientemente analizadas. Al reparar en los diferentes componentes materiales de este imponente objeto litúrgico, que si bien están perfectamente ensamblados también destacan como elementos autónomos, podremos captar mejor su singularidad y potencial simbólico. Este texto adopta una perspectiva sinóptica al tomar en consideración una gama de voces, perspectivas y fuentes –tanto documentales como materiales– para restituir el cáliz a su debido contexto; sin embargo, no se busca con ello articular una visión totalizadora del pasado o proporcionar una interpretación definitiva de sus sistemas de significado. Al evitar ceder al impulso de categorizar su forma y función como la conjunción armónica de elementos indígenas y europeos, la obra –al igual que muchas otras creadas durante el período volátil tras la caída de Tenochtitlan– revela un nuevo lenguaje visual que manifiesta el sutil proceso de negociación de estas dos culturas en un espacio y un tiempo determinados. Este texto se aparta del reductivo concepto de sincretismo y ofrece una lectura novedosa de este impresionante objeto del período de contacto así como de las diferentes valoraciones que se han hecho de él a lo largo del tiempo.

O cálice proveniente de coleção Hearst (hoje parte do Los Angeles County Museum of Art [LACMA]) é amplamente reconhecido como uma das obras mais importantes da ourivesaria mexicana do século XVI. Seu estilo, técnica e, acima de tudo, sua combinação única de materiais – incluindo metais preciosos, plumas, entalhe em madeira e cristal de rocha – fizeram com que os estudiosos o descrevessem como a fusão perfeita das tradições europeia e pré-colombiana. Surpreendentemente, apesar do consenso sobre a importância do cálice, as condições culturais e artísticas que levaram à criação desde objeto singular não foram completamente analisadas. Ao examinar de perto os diferentes componentes materiais do imponente artefato – que, apesar de cuidadosamente montados também se funcionam como unidades independentes – podemos compreender melhor sua singularidade e potencial simbólico. Este ensaio adota uma abordagem sinótica ao considerar uma gama de agências, perspectivas e fontes – documentais e materiais – para devolver o cálice ao seu contexto legítimo, sem aspirar a uma visão totalizante do passado ou a uma decodificação definitiva do seu sistema de significados. Categorizar sua forma e função como puramente indígena ou europeia apresenta um conjunto distinto de desafios e limita suas possibilidades hermenêuticas. O trabalho – como muitos outros criados nesse volátil período após a queda de Tenochtitlan – codifica uma nova linguagem visual que revela o altamente sutil processo de negociação dessas duas culturas num espaço e tempo particulares. Afastando-se do conceito redutor de sincretismo, este ensaio oferece um novo olhar sobre este impressionante objeto do período de contato e sua valoração variável ao longo do tempo.

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